terça-feira, 28 de julho de 2009

Burn this fucker down!

Tô perplexa. Nao quero, nem devo, explicar porque... até tinha começado, tava ficando bem estruturado o post, mas eu resolvi apagar tudo e deixar como está agora: em off.
Tudo estava indo muito bem hoje, eu estava meio "singing in the rain", eu havia feito as pazes com o frio e a chuva (com as quais eu brigara ontem à noite)... mas esse mundinho ridículo me deixou chocada com a realidade.

Não que eu seja socialista, comunista... longe de mim, eu sei que adoro um luxo e coisas caras, eu sei que minha paixão são viagens, eu sei que eu sou meio influenciada pela grana. Mas o que me consome é a forma que as pessoas fazem pra consegui-la: tudo muito sujo, muito corrupto, muito desumano, de forma mais atroz e inescrupulosamente possível. E eu não estou falando (só) dos políticos não, esses donos de empresas, essas instituições, os "poderosos" que conseguem subir na vida e esquecem que já foram um nada, se apropriam da força humana alheia e aproveitam da dependência e sonho destes para conseguir mais dinheiro, e ainda tem a cara de pau de fingir que não é com ele! Isso é imperdoável, é ridículo, é revoltante!

Será que não resta ao menos pena neles? Será que eles não tem dó da pessoa que faz de tudo para receber o mísero salário dado? Será que não pensam que as pessoas tem sonhos, de estudar, de ganhar dinheiro, de ser alguém na vida, de fazer carreira, de ter um diploma? Pena, o pior e mais odioável sentimento, será que nem isso eles tem?

Se eles não sentem pena dos outros, eu sinto pena deles.

"This used to be a funhouse
But now it's full of evil clowns
It's time to start the countdown
I'm gonna burn it down down down ...
Burn this fucker down!"

domingo, 26 de julho de 2009

Um Cúmulo!

Estava eu a jantar assistindo tv ontem, e passou uma propaganda dizendo para os pais levarem seus filhos ao Shopping para verem "boizinhos, porquinhos, pôneis e muitos outros animaizinhos..." Eu fiquei pasma, que cúmulo!!

Agora sim, eu entro as piadinhas do meu professor de biologia, o Pedrão, que sempre diz "você, que é piá de prédio e que conheçeu cenoura no google... " Agora sim eu entendo porque quando eu era criança meus pais quiseram sair de Maringá e ir para Colorado. Meu Deus, que calúnia, ir num shopping ver vaca! Caramba, a 5 quarteirões da minha casa eu via um rebanho! Todos os dias, para ir ao colégio, eu passava do lado de duas éguas que pertenciam ao meu vizinho! Sem contar as inumeras vezes que eu andei de pônei ou de cavalo!!

Essas crianças de cidade grande não saber o que é ter infância... Ficar sentado em frente a um video-game (tá, sejamos mais modernos, a um nintendo Wii) ou de um computador, depender dos pais para ir à esquina, para elas isso é infância! Elas não sabem o que é brincar de esconde-esconde num espaço de cinco quarteirões, elas não sabem o que é brincar de bets ou "queimada" no meio da rua, com o campo delimitado por riscos feitos com pedras, elas não sabem ir à escola a pé, e voltar parando na vendinha pra comprar "geladinho de morango" pra ficar com a língua vermelha! Isso sim é ter infância, isso sim é ser criança!

Hoje, esses "piá de prédio" tem que ir á exposições NO SHOPPING pra ver vaca, ou então fazem uma EXCURSÃO nas férias pra dizer que conhecem um sítio na vida! E os pais aceitam isso, eles aceitam pegar o carro e levá-los ao shpping para ver porcos rosinhas e limpinhos! GRANDE EXPERIÊNCIA essa! Eles nunca vão ver os porcos na sua pura realidade: sujos, fedidos, e prontos pra matança... Sim, eu já vi matarem um porco! Procedimento caseiro, nada de curtumes ou fábricas!

Ah, eu me revolto com essa situação (eu sei, dá pra perceber!), a minha mãe sempre me pergunta por que eu gosto tanto de cidade grande... agora eu sei: Porque eu nunca tinha intendido porque mudamos de uma. E porque eu não tenho filhos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O alvo

Ela estava lá, sentada. Começei a repará-la. Ela tinha olhos fixos, como se mirasse em algum alvo. Mas ela estava imponente, o vento batia em seu rosto e balançava-lhe fios brancos de tão brilhantes e iluminados pelo Sol que fazia também seus olhos virarem duas valiosas pedras redondas. As vezes piscava, o Sol estava realmente forte. Mas estavam fixos.

Então, repentinamente, ela se levanta e começa a correr... como se não pudesse mais parar, como se algo agisse sobre ela. Percebi seus músculos se contraindo, seus olhos continuamente vidrados, o movimento de seu pequeno, mas forte corpo. Ela corre à procura do seu alvo invisível, encontra obstáculos, sim, mas desvia facilmente, como se já soubesse como enfrentá-los, como se fossem dificuldades já vividas, comuns. Eu nunca vira algo tão parecido. A força, a vontade com que fazia tudo aquilo, a esperança de encontrar um alvo que talvez inexista, mas que pode aparecer. Ela corria com toda a sua garra, sem pensar nos outros ou em si mesmo. Ela só visava o alvo.

E assim, depois de muito correr, ela pára. Sua respiração está ofegante, mas seu brilho continua o mesmo, o Sol a faz importante, como se ele precisasse dela para brilhar. Ela deita calma e graciosamente, como quem já acertara seu alvo, e que agora, vitoriosa, pode descançar. E seus olhos agora estão brilhantes, fortes, mas com uma calma, doces e singelos. Ela volta o seu olhar para o oceano que há, sei que há, dentro de si.

E eu me voltei à vida.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Você aceita?

Amizade é algo muito forte, algo que se tem (e que se deve ter) a vida inteira. A infelicidade está na ausência da amizade, do companheirismo, do "estar ao lado". É uma coisa de fidelidade, lealdade, é mais que festas, mais que fotos...

A amizade na verdade é quase um casamento, vocês se põem a prova toda hora, é aquela história de "pretender ser fiel, amar, respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe"... Isso é ser amigo mesmo, de verdade.

É isso que se tem com um amigo: a confiança, por mais que ele faça algo errado, você sempre saberá que ele não fez por mal. Um amor que se escolhe, nao vem por acaso (como o amor pela família). Um respeito pelo que seu amigo é, mesmo que ele seja estranho, aceite-o, pois ele te aceita... E estar com ele sempre, independentemente de circunstâncias!!

E aí, aceita ser um legítimo amigo??



*Esse post era pra ter saído no dia do amigo, mas eu num tava inspirada, então eu fiz "O lixo" (hehe, que ambiguidade!). Bom, tá aê!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O lixo

Ela acaba de descer do navio. Ele, um representante britânico, estava no porto.
_ Olá, eu vim fazer a entrega.
_ Oi, eu já estava aqui à espera da devolução do lixo. Você é a Alícia, certo?
_ Isso mesmo, Alícia. E você é...?
_ Nicolas, prazer.
_ Pois então senhor Nicolas, os containers com o lixo que vocês mandaram para o Brasil já estão entregues. E a fama de um "jeitinho pra tudo" é brasileira, hein?!
_ Primeiramente, pode pode me chamar de você... Quanto ao lixo, a responsabilidade não foi minha, eu recebi esse encargo agora, depois dessa confusão... realmente achei uma falta de respeito o que fizeram. Eu adoro o Brasil, eles não sabem como é bom lá, se não eles nã teriam feito isso!
_ Ah, então você gosta do Brasil?
_ Sim, muito. E você, gosta da Inglaterra?
_ Eu adoro a Europa. Vim muitas poucas vezes para cá, mas sei que aqui é meu lugar... Eu adoro esse frio, a neve, a elegância européia...
_ Uma brasileira que gosta de neve, que surpreendedor!
_ Bom, eu preciso descarregar aquele navio, tudo bem que lixo é de ninguém, lixo é tão vazio, tão... Lixo! Já pensou nisso? Ele tem tudo, mas não tem nada, ele já pertenceu a alguém, mas agora ele se pertence... fica jogado, acabado, deteriorando, como se fosse um...
_ Lixo?
_ É, lixo!
_ Agora estamos filosofando sobre o lixo!!
_ Desculpe, as vezes eu falo demais.
_ Já que você gosta de falar, e eu de te ouvir, pode deixar que meus encarregados cuidam do descarregamento, tenho certeza de que nenhum saco plástico retornará ao Brasil... Já que está nevando, poderíamos tomar um capuccino quente, jogar conversa fora...
_ Tudo bem então. A conversa jogada vai para o meu lixo, ou para o seu?
_ Agente pode ir guardando num container, e ver no que vai dar...


Renata Menon

P.S.: Eu fui por base na crônica "O lixo", do Luís Fernando Verissímo. Eu adoro suas crônicas, e essa me fascina. Simples, mas irreverente. Há três anos a li, e nunca mais esqueço. É claro que a minha não chega aos pés dele, mas os discípulos nunca são melhores que os mestres! E também, nada como assistir um dia de jornal para eu ter novas idéias.

domingo, 19 de julho de 2009

Ebulição

Meus pensamentos borbulham... eu tenho tanta coisa pra dizer!!

Eu quero criticar o Brasil e o ensino público que está no seu estado crítico e ninguém faz nada por isso... e nem adianta fazer, se a própria população não se contenta com o que tem, não adianta dar mais, eles sempre vão querer mais e mais, todo mundo é muito descontente com tudo!! O povo destrói o pouco que tem... destrói o transporte público, destrói as escolas, destrói o pouco espírito cívico que ainda existe... e o governo agradeçe, assim ele pode manipular cada vez mais a população inculta, qualquer coisinha inútil que ele fizer será motivo de aplauso e votos!!

Eu quero sonhar com as minhas viagens pelo mundo, eu quero ficar mais tempo com os meus velhos amigos e com meus pais, eu não quero voltar pro cursinho, eu quero entrar na faculdade - pública, é claro - pra poder realizar meus grandes sonhos!!

Eu quero falar dos meus sentimentos, da minha forma de expressá-los, porque eu tenho esse meu jeito "miss simpatia", mas que no fundo não gosto muito, porque eu sempre estou com um sorriso, e daí os outros acham que eu nunca tenho nenhum problema! Eu sempre escuto, eu nunca falo... geralmente me dá vontade de chorar, mas chorar em público?? NUNCA, eu já fui tachada de chorona na minha vida, e não faço mais isso, eu criei minhas formas de conter as lágrimas e assim, tudo fica relativamente bem...

Eu quero gritar, mas vão achar que eu to pirando!!!............ Será que eu não tô??

"Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz, essa voz tamanha!!"

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um Caos

Esse meu jeito hispânico/português/cearense de falar muito (mesmo) e alto me prejudica... não só a mim, mas aos outros tb. Nada como dizer a coisa errada, na hora errada para as pessoas erradas... eu sou um caos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sorte de Hoje:

Estude como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã!"

("If live is a dance floor, God is a DJ!!")

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rotineiras anormalidades

Essa é literalmente a 1ª vez em que eu não estou inspirada. O que o desgaste físico e mental (devido o vestibular) e a falta de compromisso para assistir jornal não faz.
E, pela primeira vez eu digo: preciso voltar à minha rotina.

Não acredito, detesto rotina, detesto o "sempre a mesma coisa", o que me faz bem é o novo, o inesperado, o surpreendente! Esse é o meu problema com as férias pacatas... sempre o mesmo acordar-comer-durmir. Eu não fui feita para hibernar... prefiro dormir tarde e acordar cedo, sabendo que eu tenho mil coisas para fazer! Preciso de movimento, de ocupação!

Passar a manhã inteira pensando estressa... hoje, achando que não daria tempo de passar a redação a limpo começei a tremer, meu coração batia forte e tive que controlar minha respiração... engraçado sim, uma moçinha desesperada fazendo de tudo para passar no vestibular o mais rápido possível. Pra que? Para poder sentir tudo isso que eu descrevi denovo, mas por outro motivo! quero viajar, quero chorar de alegria, quero conhecer lindos lugares, quero tirar muitas fotografias, quero uma memória cheia de lembranças, não um "oi, eu não sei de nada do mundo porque eu não vivi!". É isto que eu quero: VIVER (... e não ter a vergonha de ser feliz, cantar a beleza de ser um eterno aprendiz... disculpa, me empolguei.)

"Lordy, Lordy, Lordy!
I can't help it i like to party, it's genetic!
It's electrifying, wind me up and watch me go
Where she stops, nobody knows!!" (Bad Influence - Pink)

domingo, 12 de julho de 2009

Só pode ser?

E nada como a adrenalina nas suas veias, a sensação de que "tem que ser agora", e seu coração que bate forte, e seu cérebro que não para, você sabe do que estão falando, precisa resolver tudo isso... e seus olhos que não piscam, e aquela tensão, a adrenalina não sai de você, até tenta se acalmar, mas não dá, é algo mais forte, tem que fazer tudo a tempo, mas aquele "tique" na perna que não para de tremer não te larga, controle-se! E aquela fome descontrolada mas que ao mesmo tempo você não quer comer, quer se concentrar, precisa realmente terminar, seu futuro está em jogo. Isso só pode ser amor? Hahaha, não não, meu bem, isso é um vestibular!

*Aaah, a Pink realmente me conheçe, e suas músicas são realmente pra mim, só pode ser!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Estoura tua bolha!

Bom, meu penúltimo post (Brincadeiras da Vida III) tava ficando meio polêmico, minha amiga e eu debatemos digamos que muito sobre o assunto, só que seu último comentário me fez pensar... não se relaciona a nada do que dissemos no já dito post.

Ela disse algo sobre "ver a realidade". E eu descobri que eu adoro essa realidade: ela consegue me surpreender, como tudo que eu gosto, como as pessoas que realmente estão ao meu redor, como cada sabor, cada palavra que sai da minha boca e que entra nos meus ouvidos. A realidade me surpreende a cada momento.

A realidade não é como nos contos de fadas, onde tudo é previsível. Lá eu não posso me arriscar, Lá eu não posso cantar mal, não posso estar feia, não posso chorar, não posso ter amigos baixinhos só porque são... lá eles só podem ser restritamente anões!!(hehehe). E não posso nem escolher se serei a vilã ou a moçinha! Lá eu terei que correr risco de morte pro meu príncipe encantado me encontrar! Lá meu num posso nem comer maçã sem medo!! xD

A realidade muitas vezes é dura, concordo, mas creio que ela é assim, não tem como mudar, isso serve para nos fazer crescer, mudar, aprender! Hakuna Matata, meu bem! "Você tem que por o seu traseiro no passado"!! Viva a realidade, surpreenda a realidade para ser supreendida por ela! Não, isto aqui não é um texto de auto-ajuda, mas é que tudo que aconteceu, acontece ou acontecerá na minha vida teve/tem/terá seu significado, por mais duro ou perfeito que tenha sido!

Nos contos de fadas tudo é muito bonitinho, tudo muito certinho, tudo muito "inho". Chega uma hora que cansa, sempre é a mesma coisa, a mesma história!!

Vale a pena parar de procurar um "felizes para sempre" e ir em buscar do "vivendo enquanto há tempo"! Make it better, everybody and everywhere!! Relaxe, large seu egocentrismo pra lá, seja realista. O mundo nunca foi e nunca será perfeito. Por que então que seu mundinho, tua bolha irreal deve ser perfeita? Por que nada de mal pode acontecer contigo? Seu infantil, estoura tua bolha!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

E quanto a mim?

"Eu vou esperar por você, disse ele, sorrindo com convicção. Seu olhar me dizia que, apesar de tudo, ele me amava. Eu não precisava dizer nem mais uma palavra. Sabia que, mesmo que implorasse a ele que me esquecesse, ele não esqueceria. Quando há alguém esperando por você significa que existe esperança (...) Com lágrimas silenciosas caindo pelo rosto, eu me virei e sai." (Nemat, Marina - Prisioneira em Teerã, pg. 195)

Será que alguém espera - ou esperará - por mim? Será que eu saberei quando isto acontecer?
Será que eu sou a amiga "semi-princesa" da "fadinha de asas quebradas", ou sou apenas o passarinho cantador que fica nos galhos só vendo a cena do encontro dos dois amantes, da princesa e do príncipe encantado?

P.S.: esse livro foi sinceramente um dos melhores presentes que eu recebi na minha vida.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Brincadeiras da Vida III

No primeiro, eu falei das crianças e dos adultos. No segundo, só dos adultos. Neste, falarei só das crianças.
Algo me perturba há dias... mais especificamente na ultima sexta que eu estava em Curitiba.

Há uns 15 anos atrás, as crianças com cerca de 4 e 5 anos pulavam de felicidade ao ganhar um LP da Xuxa, se fantasiavam e tinham o microfone com "fru-frus" laranja, cópia perfeita ao da Xuxa no programa "Xow da Xuxa"... e as músicas da Xuxa eram relativamente inteligentes para crianças dessa idade: tinham conteúdo, tinham histórias, tinham ideologias, e claro, tinham ritmo (como em "Lambaxuxa", ou então a consagrada "Ilariê").


Passados 4 anos, novas crianças ainda ouviam Xuxa, cujas músicas já tinham mudado um pouco, temas um pouco mais românticos e músicas um pouco mais agitadas. Só que aqui já começou a existir a Era Sandy & Junior, músicas "romanticóides" cheias de "eu cresci agora sou mulher" ou então algo que fugia da inocência das crianças como "pra você me dar um beijo, você vai ter que rebolar..."

Aliás, o que realmente fugia da pura inocência de crianças de 5 e 6 anos era o "Tchan". Digo isso por experiência própria: minha irmã, nessa idade, ouvia Xuxa. Eu, com essa idade, ouvia Xuxa também , é claro, mas eu sabia todos os passos de "Segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan tchan tchan tchan tchan... depois de nove meses você tem o resultado..." - e isso lá era música pra uma criança ouvir???

Mas, como eu sempre digo, esse mundo consegue me surpreender. Estava eu no tubo esperando o biarticulado para ir à rodoviária, e lá tinha uma menina de 4 anos, 5 no máximo. Ela começou a cantar "a magia está no ar", erguendo as mãozinhas para cima... eu pensei, será que é uma nova música da Xuxa? Me enganei. Ela continuou "...sinto fogo na arena, o cavalo a celar, isso é coisa de cinema, uma beca invocada, um pingente no chapéu, ouço uma oração, sinto um pedaço do céu, alô galera de cowboy, alô galera de peão, quem gosta de rodeio bate forte com a mão!!"... Juro que pensei "esse mundo está perdido". Essa criança nem sabe o que significa "uma beca invocada", nem sabe a origem da palavra cowboy, e estava lá, cantando toda saltitante! Mas a culpa não é só dela, nem só dos pais!! Ora, a partir do momento que a saudosa Xuxa começou a cantar "5 patinhos foram passear..." com aquelas melodias de fazer neném dormir, o que as crianças, cheias de energia por causa das balas e chocolates, iriam preferir: dormir ou pular, mesmo sem saber o porquê da pulação?

Convenhamos, inocentes elas continuam sendo, é claro, mas cadê a liberdade de expressar essa inocência? Cadê os adultos que proclamam o amor, um "arco-íris de energia"? Quem se candidata a essa função??

domingo, 5 de julho de 2009

Ontem eu larguei os bets...

... e dançei 5 horas seguidas até me acabar, dançei tudo o que eu tinha de direito, dançei até minhas energias e nervosismos se esgotarem!! =)


*Já sinto saudades de alguns de Curitiba... quem diria? Quando fui me despedir de um deles, recebi um abraço apertado, mas sai e não virei para trás. Como queria ter olhado.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

À espera da calmaria

É impressionante ver a expectativa de todos os vestibas pro ínicio das férias. Todos estão cansados, exautos daquela pesada rotina de seis aulas por dia e mais 5 ou 6 horas de estudo em casa (estou me baseando naqueles que realmente estudam). Eles não aguentam mais ouvir os professores, não aguentam mais dormir tarde e acordar cedo, não aguentam mais pensar para fazer um exercício ou uma redação, nem querem mais olhar pra cara dos amigos do cursinho!

A nossa ansiedade nos mata, contamos as horas esperando o fim de uma aula, contamos as aulas à espera do fim do dia, contamos os dias esperando o final de semana! Temos consciência que o próximo semestre será pior (beeem pior, considerando só as 128 aulas já marcadas pro ENEM e mais as específicas que eu não tenho noção de quantas são), e por isso devemos aproveitar ao máximo essas duas escassas semanas merecidas.

Mas amanhã é o último dia (para alguns que não adiantaram as férias) e depois é só relaxar! Graças a Deus, é como nos diz o sábio ditado: Depois da tempestade sempre vem a calmaria!!

P.S.:Tudo bem que eu crio um post atrás do outro, mas é que eu não consigo me conter.

É, tá difícil, mas...




... "se a história for sempre assim, melhor pra mim."




Ah, como é bom encontrar sua paz de espírito. Preciso de férias.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Entre o dom e o livre arbítrio

Havia uma garota. Ela nasceu com um dom. Desde pequena ela sabia o que "queria ser quando crescer". Ela passou a vida interia visando, para o seu futuro, essa carreira: ser médica. Ela estudou, chorou, estudou mais, até passar. Se ela é um exemplo? Sim, ela é um orgulho. A melhor do curso. Fica brava quando tira 85, foi convidada para fazer monitoria (geralmente os alunos devem fazer uma prova para isso). Ela é um orgulho.

Há uma outra menina. Essa, bem diferente da primeira, nasceu aparentemente sem um dom específico. Inútil? Nããão, ela só não descobriu ainda qual o seu maior e verdadeiro dom. Pois é, ela passou a vida inteira sonhando, ora seria atriz, ora cantora, ora modelo. Talvez veterinária, mas não, ela não aguentaria ver um cachorro morrendo nas suas mãos. Já pensou em farmácia. Mas ela sonha: sonha em viajar, ela tem um mapa com destinos marcados que ela irá conhecer. Sonha em viver bem, talvez até bem demais. Fútil? Não sei. Não é algo fisível, ela não é uma patricinha mimada, já achou que fosse, mas viu que era diferente das "filinhas de papai". Mas ela sonha alto, disso ela sabe.

Devido isso, resolveu fazer medicina. Não, ela não está "seguindo os passos" da irmã. Ela só achou que era o melhor para si, era o caminho certo para a realização de seus sonhos. Não que ela só pensasse no dinheiro, que pouco ligasse para os pacientes que estavam por vir. Ela acha o poder de curar, de fazer o bem para os outros um ato lindo. Ela sente raiva daquelas pessoas que sentem pena dos outros só porque têm algum problema.

Só que esta garota andam descobrindo um certo dom. Livros, revistas, informações, imagens, artigos, colunas... Isto anda te fascinando. Ela se descobriu escrevendo. Vai ao shopping não para ver vitrines, mas para ir a uma megastore. Adora filmes, adora fotos, adora falar. Ela só não sabe se esse é o dom que procura dentro de si.

Ela está indecisa. Não sabe mais se quer medicina. Talvez faça jornalismo.
Decisão difícil. Está à procura de uma resposta, de um caminho. Do seu caminho.