quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A moda é NA cueca!

Fui bem clara: NA cueca. Não estou falando das novas cuecas Calvin Klein vermelhas ou amarelo florescente que vi na Genko em Maringá, muito menos das cuequinhas da Capricho que toda menina na vida ou teve ou quis ter. Pior ainda, não falo da Zorba.

Na verdade, o problema não é a cueca... Que seja uma cueca furada, velha, limpa ou cagada. O problema é o que fazem com ela. Há uns anos atrás, os caras lançam moda: dinheiro na cueca. Foi o ó do borogodó, muita elite quis fazer o mesmo. Esse ano um metido a besta quis lançar a moda do dinheiro na meia... a moda num pegou, mas também ninguém pegou ele. Dai, os revoltados com o sistema capitalista de dominação norte-americana querem se revoltar e aí, o que é que fazem? Entram num avião com explosivos na cueca. Como diria minha vó, valha-me Deus! E ainda coitado, os explosivos não explodiram. Coitado? alguém que quer acabar com a vida de pessoas que não tem nada a ver com a dominação norte-americana devem morrer porque eles estão revoltados com isso? Por causa da religião deles? A religião que, aliás, os domina? Ora, estão pau a pau.
E a elite do dinheiro? Só porque são "elite" podem roubar dinheiro público assim, de mão beijada? Ah, cansei desse falso moralismo, dessa falação, todos dizem que "todo mundo diz mas ninguém faz nada". Por que, então, ELES não fazem? "Ah, que preguiça!", né Macunaíma, o herói de nossa gente. Os de cima tem que dar o exemplo pro povo seguir. Grande desculpa.

Aliás, já até sei porque saiu da cueca e foi pra meia. O inovador sabia que coisa na cueca seria a nova moda do povão. Elite não gosta de coisa de povão. Tinha que mudar, não é?

Por mais que eu odeie o livro, Mário de Andrade tem razão. Macunaíma é o herói de nossa gente. Aqui? Não é sexo, drogas e rock'n roll. É sexo, drogas, e algumas samba canção.

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